Deu início no mês de agosto a obra de terceira faixa na BR-386, entre Lajeado e Estrela em trecho administrado pela concessionária CCR ViaSul. A previsão é finalizar totalmente a obra em 2024. Conforme a concessionária, o investimento nesta etapa é de R$ 100 milhões, com alocação de 300 empregos diretos.
Os trabalhos se concentram em uma extensão de 5,1 quilômetros, entre o km 346 e o km 351 da rodovia. Além da faixa adicional dos dois lados, somando 10,2 quilômetros de faixa construída, serão erguidas duas passarelas novas (uma em frente ao shopping de Lajeado e outra em frente à fábrica da Fruki) e um novo trevo de acesso ligando a ERS-129 à BR-386, na altura do km 350. “É um outro item contratual. Temos a duplicação da BR-386, serviço que a concessionária já está executando há um ano e um mês e que vai de Lajeado até Carazinho, e a ampliação de capacidade de pista, numa rodovia já duplicada e onde iniciamos a obra para contemplar a terceira faixa por sentido” explica Fábio Hirsch, coordenador de engenharia da CCR ViaSul.
O quilômetro 346, aliás, é um ponto-chave nas operações, onde as duas obras simultâneas se encontram: a construção da faixa adicional e o início da duplicação até Marques de Souza.
Presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Luciano Moresco, comenta que, além do papel da BR-386 enquanto braço logístico, as cidades foram sendo concebidas ao longo da rodovia, ampliando o seu entorno urbano. Na sua avaliação, a ampliação de uma terceira faixa trará segurança aos usuários e mais condições de desenvolvimento. “Especialmente nessa região mais urbanizada, entre Lajeado e Estrela, há um fluxo ainda maior porque além do usuário da rodovia existe todo o fluxo urbano que circula por ela. A ampliação tende a suavizar esse excesso de fluxo e vai contribuir muito para um deslocamento mais tranquilo” diz Moresco.
Outros trabalhos
A ampliação de capacidade com a construção de faixa adicional soma-se aos trabalhos de duplicação na rodovia, que estão sendo executados pela CCR ViaSul desde 2019. Esta frente foi dividida em seis etapas, das quais a primeira está em execução. Ao todo, serão duplicados 225,2 quilômetros.
Metade dos 20 quilômetros previstos para a primeira etapa de duplicação, entre Lajeado e Marques de Souza, já foram finalizados. No entanto, a concessionária ainda avalia a liberação do que já está pronto e não há previsão de data. A ideia, segundo o coordenador de engenharia, é liberar o trânsito quando o trecho estiver todo finalizado. A previsão final de entrega é até junho de 2023.
Conforme estabelecido no contrato, a concessionária tem até 2030 para finalizar os 166 quilômetros de duplicação entre Lajeado e Carazinho, considerado o trecho prioritário. Encerrada esta etapa, a empresa tem até 2037 para finalizar a duplicação em outra parte da rodovia, entre Tabaí e Canoas. O trecho de 60 quilômetros já possui duas faixas por sentido, mas não é considerado duplicado, conforme a normativa vigente, explica Hirsch.
A expectativa é de que a obra resolva problema antigo de tráfego e de acidentes na região. Conhecida como “rota da produção”, a estrada é um dos principais corredores logísticos de escoamento de produção do Estado e também do País em toda a sua extensão.
Cronograma das etapas de duplicação:
Primeiro trecho (em execução): entre Lajeado e Marques de Souza. Entrega até junho de 2023.
Segundo trecho: entre Fontoura Xavier e Soledade. Inicia em fevereiro de 2023, com entrega até fevereiro de 2025.
Terceiro trecho: entre Soledade e Tio Hugo. Inicia quando forem concluídos os trabalhos do segundo trecho; previsão de entrega até fevereiro de 2026.
Quarto trecho: entre Marques de Souza e Fontoura Xavier. Execução e entrega entre 2027 e 2029.
Quinto trecho: entre Tio Hugo e Carazinho. Execução e entrega entre 2029 e 2030.
Sexto trecho: entre Tabaí e Canoas. Execução e entrega entre 2035, 2036 e 2037.